Sunday, September 11, 2005

Paz, calma

Hoje foi um dia que senti a verdadeira calma, a verdadeira paz que secalhar há muito que não sentia. Também não a tinha procurado, não tinha feito o que fiz hoje. 9:30h o despertador toca, tomei um bom pequeno-almoço, coisa que nunca faço, umas torradas, um sumo de laranja, uma caneca de leite e uma maça no fim.

Decidi andar, vesti o fato de treino e lá fui eu, sem destino, queria um sítio calmo, mas parece que isso hoje em dia já não existe. Andei pelo jardim perto de minha casa, sentei-me nas rochas, mas olhar para uma Etar não é a paisagem ideal. É incrível como uma zona que era tão recatada, tão sossegada, onde ainda se conseguia respirar razoavelmente bem, de um momento para o outro se torna num sítio em que às vezes precisávamos de umas garrafas de oxigénio. Inexplicável. Mas, à frente.

Andei pela cidade, a minha cidade, que não conheço. Como é possível morar-se há 22 anos (quase) numa cidade e não se conhecer praticamente nada? Conheço melhor o Porto, que é muito maior, do que a minha própria cidade, Ermesinde.

Parei num lugar onde já estive algumas vezes mas que só conheci 3 anos depois de ter sido inaugurado (tb sempre ouvi dizer que é melhor tarde do que nunca), aquele a que chamam parque Urbano Doutor Fernando Melo (poupem-me, um parque com nome do presidente da câmara, enfim) mas que eu prefiro apelidar de parque da cidade. Tive algum tempo parada, apenas a contemplar a água do lago, o chilrear dos pássaros e a ver o sorriso das crianças que por ali andavam nos baloiços e escorregas. Que saudades que tenho quando me levavam a andar nos baloiços, maloiços como eu sempre disse!

É bom não pensar em nada, é bom contemplar apenas. Como dizia Alberto Caeiro, pensar incomoda como andar à chuva. Concordo plenamente, detesto andar à chuva, como detesto pensar em certas coisas. Duas horas assim, sem pensar em nada, apenas deambulando por aí... Não sou pessoa de fazer este tipo de coisas, preciso sempre de agitação na minha vida. Mas fez-me bem, faz bem às vezes parar para descontrair, passear, não pensar em nada. Talvez daqui a uns anos repita esta dose!

Sunday, September 04, 2005

Foi tão bom!

Ontem sem dúvida foi uma noite excelente. Há quanto tempo estavamos para combinar isto... um jantar com o grupinho do 12º, os verdadeiros amigos....
E foi tão bom... soube tão bem, secalhar até soube a pouco, porque ao fim de tantos anos o que são 5 horas juntos???quase nada...
Apesar disso, deu para matar saudades, deu para ver que continua tudo na mesma, que os atrasados vão ser sempre atrasados, que as calinadas vão ser sempre constantes e que os bons tempos são sempre recordados com saudade dentro de cada um de nós...

A palavra Amizade para mim faz todo o sentido, garças a pessoas tão especiais como a Malafaia e o Jorge... é incrivel a cumplicidade que existe ao fim de tantos anos... é incrivel como os olhares se cruzam e dizem tanto...
Foi tão bom... o abraço caloroso que dá vontade de voltar outra vez para trás, voltar a viver tudo ainda com mais intesidade se der...

Ontem queria que aquela noite não acabasse, queria ficar ali, conversar, rir, aproveitar aquele momento da melhor maneira.
Apesar de ter saudades de todos, apesar de todos termos passado muita coisa juntos há sempre uma ou outra pesoa especia...
E sem dúvida que ontem isso se notou, somos um grupo forte mas que dentro dele existe mais afinidades pessoais...

Para mim, sem dúvida, Malafaia e Jorge estareis sempre sempre sempre no meu coração... ADORO-VOS

Thursday, September 01, 2005

AMIZADE!

"Escolho os meus amigos não pela pele nem por outro tipo qualquer, mas pela pupila. Têm que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito ou os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero o meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Escolho os meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também a sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Os meus amigos são todos assim: metade brincalhão, metade seriedade. Não quero risos previsíveis nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade a sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e a outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem sou eu. Pois vendo-os loucos e santos, brincalhões e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."
Oscar Wilde

P.S Um beijo muito grande e especial aos meus verdadeiros amigos, que sabem quem são...